Superficialidade social

  Chaves é o retrato da hipocrisia social aonde, uma família com status é bem vista e respeitada e outra família, sendo pobre, é vista como vagabunda, sem educação e marginal.
  Na família pobre temos o senhor Madruga, visto como vadio; alguém que cria sua filha sozinho após a morte da esposa e sem a ajuda de terceiros; muitas vezes, vemos ele deixando de comer para dar a sua filha ( aqui percebemos como ele a prioriza ); vemos o senhor Madruga educando da melhor forma possível dentro dos próprios conhecimentos e em vários momentos ( não sempre ), o vemos sendo Imparcial, moralmente falando, mostrando o certo e o errado a menina; Também o vemos trabalhando em quase todos os episódios, em várias funções diferentes.
  Na família de classe média temos dona Florinda, vista como uma pessoa de bem; Temos aqui força e coragem, pois dona Florinda cria seu filho sozinha desde a morte do marido, com a ajuda da pensão da marinha; Vemos na educação de seu filho dependência e imaturidade, com base moral praticamente nula (grande mancha de hipocrisia social); vemos em dona Florinda alguém que se beneficia de seu status, situação social e de seu gênero para agredir, física e verbalmente, alguém que, ela sabe, não irá retribuir as agressões e para menosprezar a todos a sua volta que ela considere inferiores; vemos que ela reside em um passado em que sua família era bem sucedida e respeitada; temos então um personagem que é aceito apesar da falta de educação social. 
  O que temos aqui é um retrato da parcialidade social, aonde o personagem é visto, julgado e taxado apenas pelo que aparenta e em momento algum há a percepção da individualidade do ser, do que ele realmente é.  

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